Outubro Rosa: Conscientização e Direitos dos trabalhadores sobre o câncer de mama e de colo do útero

Câncer de mama

Conscientização, Direitos dos trabalhadores e o Papel das empresas 

O mês de outubro é mundialmente conhecido pela campanha do Outubro Rosa, um movimento voltado à conscientização e combate ao câncer de mama e, mais recentemente, ao câncer de colo do útero, dois dos tipos de câncer que mais afetam as mulheres no mundo todo.

A campanha tem como objetivo principal alertar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce já que, quando detectados nos estágios iniciais, tanto o câncer de mama quanto o câncer de colo do útero têm altas taxas de cura. No caso do câncer de mama, essa taxa pode chegar a 95%. No entanto, o impacto dessas doenças vai além do aspecto físico. É necessário entender também como elas afetam a vida profissional dos trabalhadores, e, nesse sentido, é essencial que se conheçam os direitos garantidos pela legislação trabalhista. 

A importância do diagnóstico precoce 

 O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, enquanto o câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é o terceiro mais frequente. Ambos podem ser prevenidos e detectados precocemente através de exames simples, como a mamografia e o Papanicolau, respectivamente. 

No caso do câncer de colo do útero, a infecção pelo vírus do HPV (Papilomavírus Humano) é a principal causa, mas a prevenção é possível com a vacinação contra o HPV, além do exame preventivo de Papanicolau, que permite a detecção de alterações nas células do colo do útero antes mesmo de elas se transformarem em câncer. Quando diagnosticado cedo, o tratamento é menos invasivo e as chances de cura aumentam consideravelmente. 

Embora muitas campanhas de saúde enfatizem a prevenção, ainda existe uma parcela significativa da população que não realiza esses exames regularmente, seja por falta de informação ou de acesso aos serviços de saúde. Por isso, além da conscientização sobre a importância da prevenção, é necessário discutir as garantias legais que asseguram que os trabalhadores possam realizar esses exames sem prejuízos profissionais. 

câncer de mama e de colo do útero

Direitos trabalhistas relacionados ao Câncer de Mama e Colo do Útero 

 A legislação trabalhista brasileira oferece uma série de proteções aos trabalhadores em relação à saúde. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as faltas ao trabalho para a realização de exames preventivos como a mamografia e o Papanicolau, são justificadas e não podem acarretar descontos salariais. Essa medida visa garantir que os trabalhadores, principalmente as mulheres, tenham acesso aos cuidados médicos sem a preocupação de perder parte do seu rendimento mensal. 

Além disso, a legislação também apoia trabalhadoras diagnosticadas com câncer de mama ou de colo do útero. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determina que a demissão de um empregado com uma doença grave como o câncer, pode ser considerada discriminatória.

Caso a empresa não consiga comprovar que a demissão ocorreu por outros motivos que não a condição de saúde, o trabalhador tem o direito de buscar reintegração ao emprego e compensações financeiras. Essa proteção é essencial para que os funcionários possam focar na recuperação sem a pressão emocional e financeira de perderem seus empregos. 

O papel das empresas na luta contra o Câncer de Mama e Colo do Útero 

 A conscientização sobre o câncer de mama e o câncer de colo do útero não deve ser limitada ao âmbito pessoal. As empresas também desempenham um papel importante nesse processo, criando um ambiente de trabalho que promova o bem-estar de seus funcionários e facilite o acesso a informações e exames preventivos. 

Programas de saúde corporativos que incluam campanhas internas sobre o Outubro Rosa, podem contribuir significativamente para a conscientização. Além disso, oferecer horários flexíveis ou até mesmo promover parcerias com clínicas para a realização de mamografias e exames de Papanicolau são formas práticas de mostrar o compromisso com a saúde dos trabalhadores. 

Outro ponto importante é a criação de políticas de acolhimento para colaboradores que estão em tratamento. Ao invés de demissões ou afastamentos involuntários, as empresas podem adotar medidas de apoio, como a readequação de funções, o trabalho remoto ou a flexibilização de horários. Essas atitudes demonstram empatia e respeito, além de contribuírem diretamente para a recuperação do funcionários. 

câncer de mama e de colo do útero

Desafios enfrentados pelos trabalhadoras diagnosticados 

 Infelizmente, mesmo com as proteções legais, muitas trabalhadoras diagnosticadas com câncer de mama ou de colo do útero enfrentam desafios adicionais no ambiente de trabalho. O medo de demissão, a pressão para manter o ritmo de produtividade e os impactos psicológicos da doença podem tornar a jornada de tratamento ainda mais difícil.  

Para amenizar esses problemas, é essencial que as empresas adotem uma postura acolhedora e transparente em relação aos direitos das trabalhadoras. A criação de políticas claras que protejam os funcionárias em tratamento é uma forma de assegurar que a recuperação ocorra em um ambiente que priorize a saúde física e emocional. 

Conscientização e respeito no ambiente de trabalho 

 O Outubro Rosa é uma oportunidade para refletirmos não apenas sobre a importância da saúde física, mas também sobre como o ambiente de trabalho pode ser um local de apoio e respeito para aqueles que enfrentam o câncer de mama ou de colo do útero.

A conscientização sobre os direitos das trabalhadoras é uma forma de garantir que ninguém precise escolher entre cuidar da saúde ou manter o emprego. 

Neste mês, além de promovermos a prevenção e o diagnóstico precoce, é fundamental reforçar a necessidade de um ambiente de trabalho que seja sensível às necessidades dos trabalhadoras em tratamento. A luta contra o câncer de mama e de colo do útero não se limita aos hospitais e consultórios médicos, ela também acontece dentro das empresas, por meio de políticas que assegurem dignidade, respeito e apoio a todos os trabalhadores. 

Conclusão 

 O Outubro Rosa vai além da cor e dos laços. Ele representa a união de esforços para que as mulheres que enfrentam o câncer de mama ou de colo do útero, tenham mais acesso à saúde e a um ambiente de trabalho justo. A informação, o respeito aos direitos e o apoio das empresas são fundamentais para que essa luta seja cada vez mais eficaz. Mais do que uma campanha de conscientização, o Outubro Rosa é um chamado para a ação em prol de uma sociedade mais humana e justa.

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Fonte: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3700

https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/noticias/2022/inca-estima-704-mil-casos-de-cancer-por-ano-no-brasil-ate-2025

https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/dados-e-numeros/incidencia

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