No dia 17 de novembro é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, data que deu origem à campanha Novembro Azul, que surgiu na Austrália, em 2003. O movimento busca alertar a sociedade sobre a importância da prevenção da doença.
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais mata, atrás apenas do de pulmão. Foram mais de 47 mil óbitos pela doença no Brasil, de 2019 a 2021, de acordo com o Ministério da Saúde. É também, o tipo de tumor maligno mais frequente entre os homens, após o câncer de pele.
A boa notícia é que, quando diagnosticado no início, as possibilidades de cura são consideravelmente maiores. Por isso, é fundamental realizar exames de forma periódica e manter hábitos de vida saudáveis.
No entanto, falar sobre o assunto ainda é um tabu entre o público masculino, seja por preconceito ou fatores culturais, o que torna o trabalho da Saúde e Segurança do Trabalho (SST) ainda mais específico, já que há uma resistência dos colaboradores as ações e check-ups preventivos.
Para conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, a Paromed apoia o movimento e disponibiliza um e-book dedicado ao tema com informações, dados e ações sobre o tema para auxiliar na conscientização e prevenção da doença. Clique aqui para fazer o download do material.
Por que alguns homens fogem de ir ao médico?
Culturalmente, o fato de muitos homens fugirem do médico pode estar associado ao machismo – comportamento que traz a sensação de virilidade e autossuficiência, bem como fortalecimento do senso de orgulho masculino, tendo em vista uma masculinidade exagerada – que afeta consequentemente os homens e sua saúde. Expressões que glorificam a força física masculina, não dando brecha para fraquezas, fazem parte da estrutura cultural de várias sociedades. Tais referências, contudo, podem se virar contra os próprios homens.
Um estudo divulgado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida revelou que 62% dos homens brasileiros e 73% dos latino-americanos só visitam o médico quando têm sintomas insuportáveis. As respostas de 1.800 homens ouvidos (dos 18 aos 65 anos). Além disso, uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde aponta que, em muitos casos, os homens pensam que não ficam doentes ou têm medo de descobrir uma doença, além de sentirem que esse cuidado pode interferir na sua imagem de cuidado com a família. Na pandemia, isso piorou.
Se a prevenção na saúde masculina já passa por dificuldades em condições normais, na pandemia a situação se agravou. Devido a pandemia, muitos homens suspenderam os tratamentos médicos por conta própria e não voltaram para continuar com o acompanhamento até agora. Este tipo de conduta acaba sendo bastante prejudicial ao público masculino, trazendo sérias consequências, pois com a retomada das consultas, os médicos observam e relatam uma piora na parte hormonal, metabólica e física de seus pacientes homens. Agora, os profissionais estão fazendo diagnósticos de doenças em estágios mais avançados.
Check-ups desde a infância
Segundo dados do Ministério da Saúde, quase um terço (31%) dos homens brasileiros não tem o hábito de ir aos serviços de saúde para fazer check-up e buscar auxílio na prevenção de doenças. No entanto, a prevenção deve ser constante, e em todas as etapas da vida de um homem.
Desde criança, assim como as mulheres, o homem tem que se acostumar a fazer um check-up, sendo estimulado principalmente pelos seus responsáveis. Para investigar fimose e outras alterações que possam estar associadas, como o câncer de pênis e controle do HPV, é importante acompanhar o desenvolvimento dos órgãos genitais, orientando a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.
Além disso, a prevenção do câncer de próstata, que é tão falada neste Novembro Azul, pode detectar precocemente cânceres como o de testículo, com ajuda de um simples exame físico. Existem dois exames de prevenção do câncer de próstata, sendo eles:
Exame de toque retal: o médico avalia através do toque na região o tamanho, forma e textura da próstata.
Exame de PSA: é um exame de sangue que mensura a quantidade de certa proteína produzida pela próstata (Antígeno Prostático Específico – PSA). Níveis altos dessa proteína pode ser considerado câncer e/ou doenças benignas de próstata.
No entanto, para confirmar a doença em casos de alterações no exame de PSA, é necessário realizar uma biópsia, exame que retira pequenos fragmentos da próstata para avaliá-la em laboratório. Vale ressaltar que apostar em hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, fazer exercícios físicos regularmente, ingerir pouca bebida alcoólica e não fumar, podem ajudar na prevenção do câncer de próstata.
Quando há fatores de risco associados, como em indivíduos fumantes, alcoólatras, com sobrepeso, sedentários e/ou com antecedentes familiares, a rotina de acompanhamento médico preventivo deve começar o quanto antes. Caso os resultados estejam normais, pode-se repeti-los a cada 2 anos. Porém, se alterados, eles precisam ser refeitos a cada 6 meses ou conforme orientação do especialista.
Após os 35 anos de idade – principalmente após os 50 anos – recomenda-se fazer um check-up completo masculino, pois os exames preventivos se tornam ainda mais importantes. Afinal, com o envelhecimento há uma tendência ao aumento do colesterol, triglicérides e glicemia, assim como da incidência de doenças crônicas.
Quais os sintomas do câncer de próstata?
No início, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresentar, serem os mais comuns a dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; sangue na urina; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
Porém, é importante ressaltar que esses sinais e sintomas também ocorrem devido a doenças benignas, como a hiperplasia benigna de próstata (aumento benigno da glândula, que afeta homens com idade superior a 50 anos e ocorre por conta da idade de forma natural) e prostatite (inflamação da próstata, geralmente, ocasionada por bactérias).
Por isso, na presença desses sinais e sintomas, procure seu médico e realize os exames necessários para um diagnóstico e tratamento adequado.
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