Confira as principais novidades, informações e notícias que aconteceram no mês de Junho na área de Saúde e Segurança do Trabalho e estiveram no Boletim de Notícias da Paromed.
Etarismo: 50+ a idade pede inclusão.
Ainda é preciso chegar aos 50 anos para ter certeza de que hoje não somos iguais aos cinquentenários do século passado, de que a vida produtiva não chegou ao fim, de que ainda há, sim, disposição de aprender o novo. Felizmente, algumas empresas estão se dedicando para mudar esse modelo mental.
Confira na matéria principal da revista Gestão RH 157, que acabou de ficar pronta, os depoimentos de especialistas em diversidade e inclusão e de profissionais das empresas Bristol Myers Squibb, Cisco e PepsiCo. A inclusão dos 50+ nas empresas também é tema de nossa dupla de colunistas Vania Ferrari e Anna Paula Nogueira, que trazem um olhar crítico ao ageísmo, mas também chamam a atenção dos profissionais maduros para não ficarem perdidos no túnel do tempo.
Ainda no time de colunistas, temos Carolina Ignarra, Daniela Campos, Fabio Rosé e Lady Morais, com conteúdos imperdíveis. A edição traz, também, Frank Smith, na seção CEO em Foco. Frank é um jovem executivo que alcançou cargos de alta liderança antes dos 40 anos e hoje é líder da Otis na América Latina, Já no RH em Foco, Erika Petri, diretora de Gestão de Pessoas e Sustentabilidade das Lojas Marisa, conta como tem fortalecido a cultura organizacional e buscado mais diversidade e inclusão, com atenção especial ao empoderamento feminino.
Em especial, a PAROMED, está presente durante o conteúdo dessa a edição. Presente no mercado a mais de 26 anos, conciliamos com nossos colaboradores Qualidade de Vida com inclusão e a diversidade.
Revista Gestão RH, edição 157.
OIT acrescenta Segurança e Saúde aos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho.
Na última Conferência Internacional do Trabalho (CIT), os delegados e delegadas presentes adotaram, durante a sessão plenária, uma resolução para adicionar o princípio de um ambiente de trabalho seguro e saudável aos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Até agora existiam quatro categorias de Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho:
• Liberdade sindical e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva;
• A eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório;
• A abolição efetiva do trabalho infantil;
• A eliminação da discriminação em relação ao emprego e à ocupação.
Agora, após a decisão, a Segurança e Saúde no Trabalho passará a ser a quinta categoria. Os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho foram adotados em 1998 como parte da Declaração da OIT sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. De acordo com a Declaração, os Estados membros da OIT, independentemente de seu nível de desenvolvimento econômico, comprometem-se a respeitar e promover esses princípios e direitos, tenham ou não ratificado as Convenções relevantes.
Cada um dos princípios fundamentais está associado às Convenções da OIT mais relevantes. As novas Convenções fundamentais serão a Convenção sobre Segurança e Saúde dos Trabalhadores, 1981 (Nº 155) e a Convenção do Quadro Promocional para a Segurança e Saúde Ocupacional, 2006 (Nº 187).
O Comitê também solicitou à OIT que desenvolva uma estratégia e um plano de ação sobre trabalho decente e economia social e solidária, a ser apresentado ao Conselho de Administração da OIT em sua sessão de novembro de 2022.
A CIT realizou a Cúpula de alto nível sobre o Mundo do Trabalho: Abordar as múltiplas crises mundiais, promover a recuperação e a resiliência centradas nas pessoas, que pode ser assistida aqui.
As discussões se concentraram na ação urgente e necessária para lidar com as consequências trabalhistas e sociais das crises atuais e no uso de abordagens centradas nas pessoas para apoiar a paz, a resiliência e o desenvolvimento inclusivo, em particular para as populações em situação de maior vulnerabilidade.
Mês do Orgulho LGBTI+: pesquisa mostra que 72% das empresas possuem política de D&I.
No mês do orgulho LGBTI+, a inclusão desta população no mercado de trabalho acaba de ganhar um indicador específico. Pesquisa inédita realizada pela Human Rights Campaign (HRC), Instituto Mais Diversidade e Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+ com 100 empresas que atuam no país certificou 38 delas como Melhores Lugares para pessoas LGBTI+ Trabalharem no Brasil.
A pesquisa mergulhou no que as companhias estão fazendo em termos de inclusão da diversidade que atrai e quer atrair. Entre as participantes, 72% possuem política de Diversidade e Inclusão (D&I) formalizada, escrita, divulgada e aplicada no Brasil. Quando observadas apenas as certificadas, esse percentual chega a 89%. Entre as empresas que possuem política de D&I, 81% delas levam em consideração a diversidade sexual (ou LGBTI+) e de gênero como um tema estratégico ou pilar estratégico do trabalho da organização. Entre as empresas certificadas o índice foi de 89%.
Entre as empresas participantes, 83% possuem uma política de D&I ou documentos institucionais que abordam e/ou contêm a expressão “orientação sexual” ou “orientações sexuais” e o mesmo percentual em relação à expressão “identidade de gênero” ou “identidades de gênero”.
Os resultados também mostram que 25% das participantes possuem política de transição de gênero em vigor para seus (suas) colaboradores (as) trans. Entre as certificadas são 32% e 16% em processo. Em 53% das empresas que possuem política de transição de gênero, o processo foi requisitado e usado de 1 a 3 vezes pelos seus colaboradores (as).
Das empresas participantes da pesquisa, 83% possuem um Conselho ou Comitê de Diversidade & Inclusão que acompanha o desdobramento da estratégia total de D&I nas ações práticas decorrentes para todos seus grupos de afinidade/ERGs/BRGs/GTs/Squads de empregados (as), incluindo o LGBTI+.
Das 60 empresas que completaram o questionário, 41 (68%) afirmaram ter uma área e/ou pessoa que responde exclusivamente pelas questões de D&I da empresa. A maioria (32%) possui apenas uma pessoa com cargo exclusivo à D&I, seguido de três a cinco pessoas. E quando se considera apenas as empresas reconhecidas, também 68% possuem uma área e/ou pessoa.
Quase 100% das 60 empresas participantes possuíam, em 2021, programas de educação, conscientização e treinamento sobre D&I que incluíam as questões LGBTI+. E 82% realizaram esses programas de educação exclusivos sobre as questões LGBTI+. Entre as empresas reconhecidas, o percentual foi de 87%.
No entanto, apenas 25% das participantes possuem programas de desenvolvimento de talentos ou aceleração de carreiras com recortes para a população LGBTI+. Entre as empresas com nota 100 esse percentual foi um pouco acima, 26%.
D&I: o desafio das empresas e profissionais em relação à diversidade e inclusão.
Covid: aumento de casos e qualidade do ar exigem atenção no trabalho.
Com a desobrigação do uso de máscaras, mudanças climáticas e aumento dos números de infectados pela Covid-19, o papel do profissional de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) se torna ainda mais essencial. Isso porque, muitos ambientes corporativos não possuem ventilação e renovação do ar adequada, sendo de suma importância a avaliação adequada dos profissionais ocupacionais.
No momento, é preciso dar atenção para a qualidade do ar interno, a presença de patógenos como Sars-CoV2 e outros contaminantes do ar, que pode contribuir com o aumento do número de pessoas infectadas. A solução neste cenário é verificar a ventilação mecânica.
De acordo com o Qualindoor, as pessoas ficam cerca de 90% do seu tempo em um ambiente fechado. Assim, quando os índices de umidade do ar em ambientes internos estão abaixo de 40%, a situação prejudica o sistema imunológico, favorecendo a flutuação e sobrevivência de vírus que estão suspensos no ar. Este é o cenário ocorridos na maioria dos ambientes sem ventilação adequada.
Por isso, averigue se as exigências da Portaria 3523/98 do Ministério da Saúde estão sendo cumpridas, além de verificar se as análises da qualidade do ar estão dentro dos parâmetros definidos pela Resolução 09 da ANVISA. Essas exigências também estão previstas na NR-17. Fique de olho!
Material complementar sobre COVID-19 NOVO PROTOCOLO.
Empresas com funcionários felizes têm 50% menos acidentes laborais.
De acordo com uma pesquisa da Gallup, empresas com funcionários felizes reduzem em 50% os acidentes laborais. Já um estudo da Harvard Business Review afirma que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores.
Mas do que se trata a felicidade no trabalho? Psicólogos explicam que não é sobre promover festas, mesas de jogos ou aumentar os benefícios para os funcionários, mas sim, algo muito mais complexo e amplo do que isso. A felicidade no ambiente corporativo se dá pela autorrealização, segurança psicológica, empatia, autoconhecimento, nível de satisfação, reconhecimento, valorização, cooperação e menos competitividade.
No entanto, quando se trata de gerações, as prioridades mudam, de acordo com dados divulgados pelo Employment and Employability Institute.
De acordo com o instituto, para os millenials (nascidos entre 1980 e 1990):
90,6% aspiram oportunidades de desenvolvimento; 75% valorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional; 59,4% consideram salário e benefícios; 53,1% querem trabalhar em empresas com valores e cultura respeitados; 43,8% buscam amizades e 28,1% desejam autoeficácia e autonomia.
Já para a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), segundo uma pesquisa do Google Consumer Survey, buscam: 33,2% serem donos do próprio negócio; 19% trabalharem com causas sociais e ecológicas; 15,7% terem muito dinheiro; 15,5% ocuparem cargos importantes; 13,4% viajarem sempre e 6,2% terem férias permanentes.
Campanha nacional defende proteção social para erradicação do trabalho infantil.
O dia 12/06 é marcado pelo Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, e possui o objetivo de realizar ações de conscientização para reduzir as principais causas que levam inúmeras crianças e adolescentes ao trabalho.
Para conscientizar a sociedade sobre a necessidade da redução da pobreza e da vulnerabilidade socioeconômica das famílias, através da ampliação de políticas públicas, foi criada a campanha nacional “Proteção Social para Acabar com o Trabalho Infantil”.
A campanha é uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) e o Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho.
Pelo terceiro ano consecutivo, a campanha recorre à música “Sementes”, composta pelos rappers Emicida e Drik Barbosa, que faz um alerta sobre o impacto negativo dessa violação de direitos, que, no Brasil, tem cor e endereço.
Embora tenha ocorrido uma redução significativa do trabalho infantil nas últimas duas décadas, o progresso diminuiu ao longo do tempo e basicamente estagnou entre 2016 e 2020. No início de 2020, 160 milhões de crianças – uma em cada dez crianças de 5 a 17 anos – estavam em situação de trabalho infantil no mundo. Sem estratégias de prevenção e redução, o número de crianças em situação de trabalho infantil poderá aumentar em 8,9 milhões até o final de 2022, devido ao crescimento da pobreza e maior vulnerabilidade trazidos pela pandemia.
No Brasil, cerca de R$ 1,8 milhão de crianças e adolescentes com idades entre 5 e 17 anos estavam em situação de trabalho infantil em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desses, 706 mil (45,9%) estavam em ocupações consideradas como piores formas de trabalho infantil. No entanto, os números retratam um cenário antes da pandemia, sendo que as estatísticas não consideram pelo menos duas piores formas de trabalho infantil: o trabalho no tráfico de drogas e a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Relatório conjunto da OIT e do Unicef mostra como a proteção social, ao ajudar as famílias a lidar com choques econômicos ou de saúde, reduz o trabalho infantil e facilita a escolarização. O estudo mostra, no entanto, que pouco se fez para garantir que todas crianças usufruam de proteção social. Em todo o mundo, 73,6%, ou cerca de 1,5 bilhão de crianças de 0 a 14 anos, não recebem benefícios em espécie para famílias ou crianças.